quinta-feira, 18 de junho de 2009

Bola de sabão

Se ao menos tudo fosse como aquele pequena bola de cor que se forma no ar, simples, colorida, móvel, mutável.... Viva! Apenas formada pela intensa vontade de uma criança -ou um feliz e raro adulto - de a fazer existir, de lhe dar vida. Oh! Se ao menos tudo fosse como ela. Simples e sincero. Criativo e real. Se ao menos eu podesse sumprimir a minha existencia a um pequeno espaço fisico pleno de felicidade, ou mais que isso, de um nada que é tudo, um nada que não acarreta consigo tudo o de bom que traz o mau, um nada, que por ser nada, nao é complexo. Nem belo. Nem feio. Porque para haver bem o mal tem de existir. Porque para se criarem os sorrisos, a felicidade, ha que ter noção das lágrimas e do sofrimento. Se ao menos tudo fosse assim e eu podesse viver so comigo no meio de tudo o mais. Se ao menos tudo fosse assim e uma brisa me levasse passageira e me deixasse voar livre, sem rumo, em lado nenhum e em toda a parte. Se ao menos tudo fosse assim e uma criança me lançasse um sopro de mim e este ficasse marcado na minha pele até ao dia, ao momento, ao segundo em que me desfizesse em nada. Oh! Se ao menos tudo fosse como aquela bola de sabão colorida. Se ao menos eu pudesse desaparecer como ela e não me transformasse em nada por já o ser, e nem ficassem restos de mim por nunca o ter sido.
Porque se ao menos eu fosse como aquela bola de sabão, eu não seria eu, e aí, tudo só por si, seria mais facil.

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